Lá estava ela, em branco, olhar fixo, como se estivesse a me chamar para a briga. Juro que um sussurro passou pelos meus ouvidos a dizer, "vem cá se tens coragem". Olhei de soslaio para sua superfície brilhante, imaculadamente branca. Espanei a ferrugem de minhas juntas num estalo, mas no meio do caminho minhas mãos pararam e se recolheram em posição de reza. Meus polegares tocaram minha testa e de leve bateram em minha cabeça como se fisicamente pudessem dali tirar alguma coisa. O silêncio entre nós era absoluto. Ficamos assim, uma encarando a outra por minutos a fio. Eis então que me ocorreu um pensamento - não muito original, devo confessar -, de escrever sobre a intimidadora página em branco à minha frente.
Gente, eu juro que tenho histórias enemigas, mas primeiro tenho que resolver esse conflito com o papel sulfite eletrônico.
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Aahahahahahahahah... pode resolver, querida!!! ahahahahahahahahahahah...
ResponderExcluirSaudade dos seus textos! ;)
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