quarta-feira, 15 de abril de 2009

Memória de peixe


Minha capacidade de lembrar é inversamente proporcional ao avanço de minha idade. Em outras palavras, cada vez que adiciono um ano de existência, um ano de lembrança meio que entra no limbo. Matematicamente essa correlação pode ser traduzida na seguinte equação: L = i - 1/i; onde L = lembrança, i = idade. O resultado vai ser sempre algo próximo da idade presente e a conclusão de toda essa divagação é: eu sofro da síndrome de memória de peixe.
Sim, memória de peixe, curtinha, curtinha. Como cheguei a tal conclusão? Pois, estava eu cá tentando lembrar de datas e eventos para começar a contar minhas histórias enemigas. Não demorou muito para eu perceber que datas precisas de eventos passados em minha juventude simplesmente sumiram de minha lembrança. Ai que inveja do Cristian com sua gigantesca lista de datas, locais e horários que chegam a precisão dos minutos.
Tudo o que lembro do meu primeiro Enecom, que aconteceu em Floripa em 1996 (!!!!), é que na volta para casa depois de um festerê encontrei a porta de meu apartamento aberta. Meu alterado estado de espírito não ligou A com B e foi dormir. No dia seguinte, com a retomada da consciencia e uma puta dor de cabeça, eu notei que meu apartamento tinha sido arrombado. O ladrão, compadecido da pobreza estudantil reinante na casa, nada levou de valor além de umas bolachas recheadas.
Nessa época os Enemigos nem sequer conjitavam a existência. Do grupo, até onde eu lembro, somente a Michelle estava presente. E se não me falhe a memória, parece que a Mi está sempre envolvida em encontros (e desencontros) enemigos quando eu também estou na parada. Hum, parece que escrever reativa essa obscura parte de meu cérebro que faz lembrar de eventos passados... Que memória de peixe que nada! Talvez seja só memória enferrujada.

Na foto: Oficina de massagem do Enethom

2 comentários:

  1. Tô aqui falando exatamente isso com a Ju, sobre a onipresença da Mi nos encontros... tirando os miniencontros, porque nesses eu domino! Hahaha!

    Tá aí uma das melhores oficinas dos últimos tempos! melhor que essa só a de fotografia, que também rolou no Enethom, com a participação de todos os integrantes, com seus cabelos, poses e acessórios cubanos!

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  2. Débora, vou te chamar de Dori agora! :-P Mas olhe que você se lembra de muita coisa, viu? Por falar em Michelle, cadê esta sumidinha por aqui??? Mi, está faltando você neste blog!

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