sexta-feira, 3 de abril de 2009

Por uma folha de cheque...

Meu primeiro e último Enecom foi salvo aos 45 minutos do segundo tempo, no dia em que se encerravam as inscrições. Por conta de uma colega de sala que insistiu tanto e que me convenceu que aquela última folha de cheque seria muito bem aproveitada. Dito e certo. Soubesse antes, teria participado das 2 edições anteriores, coisa que só o fiz no penúltimo ano de faculdade. No ano seguinte embolou projeto experimental e aí já viu...

Não tinha a menor idéia do que me aguardava. Tava indo pela farra e nem sabia de que tipo era. "Leve seu colchonete, sua toalha e uma sacola" era a única recomendação, não lembro de quem. Pegamos o ônibus no Campo Grande às 20h de algum dia de agosto. No ônibus, os contemporâneos da faculdade, algumas caras conhecidas da UFBa e um magrelo com quem tinha topado uma vez numa gincana que participei como apoio. Marquinhos. Do meu lado, um brasiliense com quem dividi a fileira. Fomos de Salvador até João Pessoa sem trocar uma palavra. Não sei porque, mas foi assim! Hoje meu grande bróder Rodrigo, que também poderia estar nessa lista. Partimos e não lembro como foi a noite. Lembro que a viagem foi bem "esfumaçada", mas não bateu onda; ainda continuo careta.

Lá pelas tantas, nas imediações de Recife, fomos parados pela polícia florestal. Não sei qual era o motivo, mas o pessoal do fundão, achando que era da Polícia Rodoviária, não teve dúvida: a onda passou rapidinho, tudo foi apagado, escondido, quiçá engolido. Nunca tinha visto tamanha agilidade com tão poucos reflexos! Seguimos a viagem e o pessoal ficou mais aliviado, apesar do susto.

Chegando lá, lembro que tínhamos que fazer o cadastro das coisas que na teoria dissemos aos nossos pais que iríamos fazer. Oficina de Charge, aí vou eu! Creiam, participei todos os dias. Entre uma programação e outra haviam várias coisas legais para fazer. Outras, só soube que foram feitas no campus, anos depois. Bobinho, coitado! Mas a maior parte do tempo estávamos em bando. Bando esse formado logo no primeiro dia com a reunião de grandes cafajestes: Eu, marquinhos, márcio, rogério (todos de salvador) e rodrigo de brasília. Enturmados, vamos bagunçar! 4 caras boa pinta (na época eu ainda tinha cabelo! Hahaha!) perambulando por João Pessoa, cheio de gracinhas com as menininhas de Natal. Uliana, Gudmila, Glácia, Stefânia, Clarissa e Andréa, cujos nomes, em ordem decrescente, vai do mais complicado para o mais fácil. E o grupo foi crescendo. Acho que na noite do mesmo dia conhecemos toda a delegação do Amazonas. Lincoln, Ed e Yusseff. 3 grandes amigos de longe, muito longe. E o grupo estava formado.

Mas como eu nunca fui de estar sempre num mesmo grupo, me espalhava por aí. Era gente de Niterói, de Goiânia, de Porto Alegre... e sempre presente estava um cabra de Recife. Devia ter conta com Deus, porque também era onipresente. Também, requisitado como era... precisa falar quem é? Até que, de um povo que veio do sul, chegou aquela que é o nosso elo, nossa eterna moderadora Michelle. Já tinha contato com algumas pessoas e só acrescentando mais à sua carteira de amizades. Através dela, vieram todos vocês, primeiro virtualmente, depois aos poucos foram e vão se tornando reais. Juliana, André, Thompson, Alba, Débora, em ordem de aparição para mim. E ainda falta muita gente se tornar real, pra muita gente! Só ela pra juntar tanta gente em um propósito só. E olha que naquela época se não fosse por telefone, só na base da carta! A verdade é que naquele tempo éramos empolgados mesmo. O melhor de tudo é que esse espírito ainda não perdeu a força. Taí nosso blog que não nos deixa mentir.

E esse grupo e esses tantos outros personagens que estavam presentes, tornaram aquele encontro muito especial. Das maluquices que aconteciam (lual debaixo de chuva, bandejaço no R.U.), dos shows que não dávamos bola (Los Hermanos tocou lá, acho que não com esse nome), das figuras anônimas que só reconhecemos depois em outros meios (meninas, michele tem uma foto de Erick Marmo de toalha!), dos buraquinhos que nos permitiam ver as maravilhas nacionais, comida com coentro e sem coentro (tá pra nascer alguém que não seja nordestino pra gostar de coentro!), do surto artístico no meio da mata no caminho mais curto pro R.U. (só tinha doido, né Ju?!), trem do forró pra Cabedelo sem ter como voltar (mendigando carona de van!) entre tantas outras coisas... todas estão guardadas na memória, ou no inconsciente. E vêm à tona sempre que nos reencontramos. O que precisamos fazer frequentemente, porque é muito bom ver todos vocês sempre.

Seja no Pelourinho, na Ladeira da Misericórdia, na Feira de São Cristóvão, em Sambaqui, no Pátio do Colégio e onde mais os enemigos estiverem. Até à sombra do El Capitán!

4 comentários:

  1. Eita, homem, que essa tua lembrança me deixou com vontade de voltar no tempo! :-) Que folha de cheque mais bem preenchida, hein?! E você tem razão, foi por causa de Michelle que nos reunimos e juntamos o povo dos Enecons, com o povo da SBPC... :-) Essa história eu vou contar daqui a pouco! beijoooosss.

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  2. Eu to precisando trabalhar... mas depois da ida a Floripa, resolvi bisbilhotar por aqui pra matar mais a saudade.

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  3. Ja pensou um enemigos aqui no Yosemite?!
    Sonha Debora, sonha...

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